INTRÓITO

Cosmópolis
Nasci em ano incerto
Datas escritas ou faladas vieram depois
Isso é certo.
Nasci dos caminhos de Goiás
De um sonho chamado Eldorado
Na passagem dos Anhangueras:
O velho e o novo.
Tenho na minha ascendencia
O Campinho de Mato Grosso e Caçapava Velha
Sou Paulista das Bandeiras de Itapetininga;
Meus primeiros passos vieram
Lá dos Campos da Vila de São carlos.
Menina aos olhos de alguns
Chamavam-me de pasto do fundão e Serra Velha
nas terras de Barreto Leme.

As Bandeiras que por aqui passavam
Chegando aos batelões pelas águas do Jaguari,Pirapitingui e Três Barras
Chamavam-me de Pinheirinho;
Depois,muito depois fui chamada Funil.
O tempo passou,
O progresso chegou,
Tudo mudou.
Virei Núcleo colonial Campos Salles
E de a nova campinas fui chamada.

Caminhos de aço rasgavam-me a terra
E o trem de ferro
Crepitou pelo imenso verde mar de canaviais;
Na estação fui Barão Geraldo
Mas muitos me chamavam Burgo
Pelo comercio da vila que crescia
Dia a dia à beira da Funilense.

Meu progresso trouxe gentes
De outras terras e continentes
Raças,cores diferentes
E tudo se fez misturado
Nas três cores da bandeira do meu estado:
O vermelho dos indígenas meus primeiros filhos
O negro que encontrou a liberdade nos quilombos
E o branco Europeu dos colonos e bandeirantes.
Da mistura destas cores surgiu um novo povo


Um povo novo,uma nova identidade
Agora,enche-me o peito a vaidade,
E meu nome hoje representa oque sou
O universo em cidade.

Sou Cosmópolis,hospitaleira
De passado triunfante
Com história gloriosa
Sou terra gigante
Mas também mãe generosa .


Tenho braços sempre abertos
Para novos filhos meus,
Vindo de longe ou perto,
Recebem a benção de Deus.
Se nasci do Bandeirante
E cresci com o imigrante,
É benvindo o viajante,
Da história que vem adiante.
Sejam bem vindos os filhos desta terra.
Está é a casa de sua mãe Cosmópolis.


Autores: Adriano da Rocha e Elo Augusto Ketelhuth