sábado, 24 de março de 2012

EU AMO COSMÓPOLIS

Arte Ancermo
Foto Eneias Barrionuevo
   Um dos blogs mais acessados em Cosmópolis até o mês de Março deste ano, foi o blog Cidade de Cosmópolis, criado em 9 de agosto de 2011, com exatos 98.896 acessos até a data de sua última postagem em 24 de março de 2012. Devido ao grande acesso e as imagens em alta definição, o BLOGGER  em sua nova formatação começou a exigir o pagamento mensal para manter o blog Cidade de Cosmópolis no ar, no contrário o blog estaria restrito apenas a publicação de textos, ficando bloqueado a postagem de fotos. Um dos maiores destaques e atrativos de nosso blog aos internautas, é nosso acervo fotográfico com mais de 25 mil fotos e documentos, para continuarmos com este trabalho de resgate histórico cosmopolense dentro do Blogger, resolvemos criar um novo blog, com o mesmo conteúdo histórico e atual que tanto fez sucesso neste blog. Eis que surge então o Acervo Cosmopolense, a versão atualizada do blog Cidade de Cosmópolis, e também versão oficial para o Blogger de um dos perfis do Facebook mais acessados de Cosmópolis o Acervo Cosmopolense. Nosso muito obrigado a você que acompanhou nosso trabalho de respeito e amor por Cosmópolis no antigo blog, contamos com sua participação e acessos neste novo blog, que da mesma forma apartidária continuará preservando a história de nossa cidade dentro e fora da internet.
 Adriano da Rocha

Clique no link abaixo e confira o nosso novo blog




terça-feira, 20 de março de 2012

Photographias

1918...Lembrança da padroeira de Cosmópolis.Acervo Adriano da Rocha
Oração pela intercessão de Santa Gertrudes
Ó Deus, que preparastes para vós uma grande morada no coração da Virgem Santa Gertrudes,
Iluminai, por suas preces, as trevas do vosso coração,
Para que experimentemos em nós a alegria da vossa presença e a força da vossa graça.
Ó Santa Gertrudes, vós que tínheis terna devoção à humanidade de Cristo,
Velai aos que a vós recorremos com sincero arrependimento das nossas faltas,
Ajuda-nos a dizer sempre sim ao plano de Deus para minha vida
E daqueles a quem vos apresento em minha prece.
Ó Santa Gertrudes, vós que fostes uma das primeiras devotas do Culto ao Coração de Jesus,
Conceda-me a graça de me sentir todo (a) inteiro (a) nos corações Sagrados de Jesus e Maria.
Olhai por todos os que têm fome de Deus e de Pão,
Protegei nossas crianças, orientai a juventude, conservai o amor no coração dos esposos,
Amparai os doentes e idosos, conservai a Paz nos lares e protegei-nos hoje e sempre. 

Amém. 

domingo, 18 de março de 2012

Copa interestadual de Motocross


Final de semana de muita adrenalina e emoção em Cosmópolis.
Texto Adriano da Rocha
Fotos Eneias Barrionuevo

  Neste final de semana Cosmópolis foi sede da "Copa interestadual  de Motocross", com a participação de cerca de 200 pilotos de vários estados brasileiros disputando colocações em 14 categorias, a copa realizada em três estados (São Paulo,Minas Gerais e Rio de Janeiro), superou todas as expectativas dos organizadores da copa, pelo profissionalismo e dedicação das equipes na idealização do evento na cidade. O local além da total segurança, com a presença marcante da PM e GM, estavam dispostos todos os dias da Copa, caminhão do Corpo de Bombeiros e várias UTI movéis, tudo isso para atender as milhares de pessoas que prestigiaram o evento nas  arquibancadas cobertas, tenda para shows e grande praça de alimentação, tudo isso sendo transmitido ao vivo pela internet, e em todo local  sinal de  wi-fi grátisO grande evento organizado pela prefeitura, com organização da Livre (Liga independente Velocidade e Regularidade) teve inicio com os treinos dos pilotos às 14 horas no Sábado, e no Domingo a abertura oficial às 12 horas, depois de treino e reconhecimento da pista das 9 às 11 horas. O evento foi realizado em uma pista montada exclusivamente para competição próximo ao Prolar na Avenida da Saudade, com entrada gratuita e estacionamento com segurança.


   A Copa de Motocross chega em 2012 a sua 13º edição, e haverá até o final do ano mais 7 etapas disputadas nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, com participação de pilotos da faixa etária de 7 anos até competidores de 45 anos. A Copa Interestadual é uma competição que revela e descobre novos talentos no Motocross para categorias profissionais, abrindo espaço para jovens e crianças, e muitos pilotos amadores. Segundo dados dos organizadores do evento, mais de 4 mil pessoas estiveram prestigiando o evento em Cosmópolis, superando todas as expectativas dos organizadores, que prometeram fixar outras edições da Copa na cidade. O evento também se destacou pela apresentação da "Banda Bang Bang", interpretando um repertório de covers de Rock variados animando a plateia nos dois dias da Copa, houve também  sorteios de diversos brindes para o público, realizados pelos patrocinadores das provas.



Mais fotos feitas pelo fotografo Eneias Barrionuevo você poderá ver em nosso perfil do Facebook  Acervo.cosmopolense e também em nossas páginas Cidade de Cosmópolis e Acervo Cosmopolense .



                 Entre e curta, e faça parte desse grupo com agente.

sábado, 17 de março de 2012

Memórias e saudades...

O Bar do Bigode, e como me tornei  Cosmopolense de alma e coração
Texto Rogério Siqueira
Garoto de boné, Sérgio Siqueira, Nice Siqueira, sentadas: Janaína Corte (sobrinha do Bigode),  Raquel e Ciomara (amigas de Ana Cláudia) E Ana Cláudia (filha do Bigode)

   Meu pai, José Carlos Nunes de Siqueira, era conhecido em Cosmópolis pelo apelido de Bigode (infelizmente ele se foi em 2004), na cidade manteve alguns comércios entre os anos de 1975 e 1980. A  ida da minha família a Cosmópolis (além de mim e de minha mãe, dona Nice Siqueira, tenho dois irmãos, a Ana Cláudia, caçula, e o Sérgio, o mais velho) começou a ser traçada em 1973, quando meu pai, experiente dirigente de lojas de magazine em São Paulo-SP,  (cidade onde eu nasci e nós morávamos) recebeu uma proposta irrecusável para dirigir uma grande loja de móveis que seria inaugurada em Campinas-SP, atrás do Fórum, bem no Centro, chamada Manah Magazine, a loja foi muito bem  no início mas logo quebrou, os proprietários  de origem estrangeira, deram  um golpe na praça e se mandaram...Foi nessa época suponho que tenha se iniciado a ligação de nossa família com Cosmópolis. Ocorre que, em Campinas fomos morar em uma casa no bairro do Taquaral, na Rua Cônego Pedro Ponhome, em frente à linha férrea (que hoje não existe mais), á partir dessa época inclusive, me  tornei BUGRINO, com muito orgulho. O proprietário da casa alugada pelo meu pai, era o Sr Avelino Boaventura, morador de Cosmópolis (pela mídia, fiquei sabendo que um filho dele foi vereador por aí). Quando a Manah Magazine foi pro buraco, meu pai juntou umas economias, vendeu uma casa que tínhamos no litoral paulista e montou, em sociedade com  um  tio meu (irmão de minha mãe) a "Fábrica e Loja de Calçados Mustang ", na Avenida Ester, ao lado da "Boutique Chamusca", aqui cabe um  parênteses: ( o dono dessa Boutique era um nordestino, do qual não me lembro o nome, mas muito exótico, dia desses, conversando com meus irmãos, eu disse que ele foi o primeiro "metrossexual", antes mesmo de este termo existir...O figura andava só de camiseta baby look, calça de couro colada ao corpo e botas de bico fino, sempre em tons chamativos, ele tinha um SP2 , o único da cidade naquela época, em cujo toca-fitas tocava, entre outros hits da época, “Severina Chique Chique", na voz do forrozeiro barrigudo, Genival Lacerda). E  vou te dizer: impressionava prá caramba aquela criança de dez anos que hoje lhe escreve essas memórias. No lado de cima do nosso estabelecimento comercial, ficava a Farmácia da Senhora Darcy, viúva,  com cujos filhos, Edna e seu irmão mais velho, que se não me engano se chamava Maurinho, eu e meus irmãos brincávamos, uma vez que os fundos da fábrica e da farmácia era um  único terreno onde haviam demolido algumas construções antigas.

  
 Da fábrica, me lembro de dois funcionários, o ''seu" Mariano, um senhor já idoso, muito calmo, que era o "gerente de produção", (ele viria a ser também o pizzaiolo do Bar do Bigode, que citarei mais á frente), além dele tinha um rapaz bem baixinho, órfão de pai e mãe, branquelo, e cheio de sardas, chamado Valdir, que chegou  inclusive a morar conosco por algum  tempo e passou a ser um "irmão" postiço. Por onde andará esse sujeito hein ? Lembro-me que ele era mais velho que eu  e meu irmão, devia ter uns 15 anos naquela época, mas era extremamente bondoso,  responsável e educado. O primeiro dos três endereços residenciais de nossa família em Cosmópolis foi  na Rua Max Herget, lá tínhamos como vizinhos e amigos, o Fábio, filho do diretor do "Grupo escolar Rodrigo Otávio Langard  Menezes", onde eu e meus irmãos estudávamos, não me lembro do nome dele (do diretor) mas me lembro da sua bondade, era um diretor a moda antiga, no melhor sentido da expressão, além disso, me recordo do carinho com que toda sua família tratava o irmão do Fábio, portador de paralisia cerebral e que vivia numa cadeira de rodas. Da Escola Rodrigo Otávio, destaco também o vice diretor, carinhosamente chamado de “Dantão”,  casado com a professora Maria Lúcia, sujeito sensacional, quando um aluno tinha algum  súbito problema de saúde em horário de aula, ele pessoalmente, com seu fusquinha,  levava  até em casa, vale lembrar que internet e telefonia celular nem se sonhavam em existir  na década de setenta. Além deles, destaco o professor Francisco, que dava aula de português, sempre muito austero e usando uma boina, sua marca registrada.


   Outra figura importante, pelo menos para mim, era o Bedel Gentil, franzino, discreto, e amigo de todos os alunos. Lá no Colégio Rodrigo Otávio, iniciei minha “militância política” ao ser eleito vice-presidente do "Centro Cívico", o máximo que se podia exercer em termos de entidade estudantil nos anos duros da ditadura militar. Lembro-me dos colegas de escola dessa época, Adilson Stein, Edna , Clara Ester Rolfsen, Luiz Carlos Galinari e sua irmã, Idabel dos Reis Dinardi, José Luiz Bromel, Graziela Barbosa (filha do Barbosinha, histórico dentista de Cosmópolis) , Magnólia, Adolfo, cuja irmã trabalhava no Hospital Santa Gertrudes , Rachid, cujo pai tinha uma mercearia próxima ao cinema, entre outros. Ao lado da escola na “Praça do Rodrigo” havia um vagão de trem transformado em  lanchonete, na praça, usávamos os canteiros gramados da praça para antes e depois da aula, bater uma bolinha...
   
   Outro amigo daquela redondeza era o Julinho,  carioca e torcedor fanático do “Mengo”  ele vivia com sua irmã e sua  mãe que era viúva (o pai do Julinho havia falecido por conta da doença de chagas). Como bons cariocas, eles desfilavam na única escola de samba da cidade (comandada pelo Xande, um paulistano radicado em Cosmópolis, cuja filha era a melhor jogadora de basquete da cidade). Recordo-me de um desfile de carnaval em que Julinho, sua irmã e sua mãe, desfilaram aos prantos,  provavelmente com saudade do pai e marido que se fora precocemente. Outros amigos dali : Wladmir, um jovem  de origem grega que praticava levantamento de peso, um  figura conhecido como “Pink Floyd” , tipo maluco beleza, fã da banda homônima e que vivia com “tatuagens” do Pink Floyd  pelo corpo,  feitas com caneta Bic (rs),  Diógenes, o pessoal do Bar e Mercearia do Ete, e a dona Mercedinha, uma senhora que morava na casa ao lado da  nossa .Casada com “seu Cezinha”, ela era bem  matuta, muito engraçada e generosa com  todos. Nessa época eu, meu  irmão, e a nossa turma costumávamos ir nadar no “Poção”, pegávamos “emprestadas” umas abóboras enormes plantadas nos fundos do Hospital , que davam origem a deliciosos doces de abóbora que as mães faziam...rs. Também  jogávamos bola num campinho atrás da nossa rua, (nessa época não havia casas  após a Max Herget, era só plantação de cana), havia um senhor já aposentado que ás vezes jogava bola conosco e de quem logo fiquei amigo, era o Sr Amaral, fiquei fã dele porque ele sempre ia para o campinho vestindo a gloriosa camisa verde e branca... Assim como eu, ele era bugrino !

  Quando a fábrica de calçados começou a ir mal das pernas, meu pai se desfez dela, e montou um bar lanchonete e pizzaria na Rua João Aranha, em frente ao posto de gasolina do Orlando Kiosia (que na época, era o prefeito de Cosmópolis) recentemente falecido, daí nos mudamos para uma casa, na rua dos fundos deste posto de gasolina, a casa  aliás, era de propriedade do próprio Kiosia.
Ali, os amigos da família eram o João Spana  (ele também era proprietário do local alugado pelo meu pai para montar o Bar do Bigode), me lembro do seu andar meio torto, por conta dos problemas no joelho causados na época em que era zagueiro da Ponte Preta, tendo inclusive figurado no esquadrão da macaca, campeão da divisão de acesso do futebol Paulista em 1969, timaço dirigido pelo mestre Cilinho. Além do Spana tínhamos muita amizade com os irmãos Selani, Álvaro, já falecido e Sérgio, que tinham  um açougue ao lado do bar. O Sérgio, se não me engano, ainda mantém um açougue na  Rua Monte Castelo. Eu e meu irmão costumávamos também ir  comprar doces no bar do seu Herculano e de seu filho João Leite, na Rua Campinas, em  frente ao posto do Kiosia e ao lado da lojinha de móveis do Salim.

Fachada do Bar e Pizzaria do Bigode, na Rua João Aranha. O garoto na Bicicleta é Sérgio Siqueira (filho do Bigode e atualmente Diretor da Federação Nacional dos Bancários), a menina de camiseta vermelha é Ana Cláudia Siqueira (filha caçuça do Bigode), e duas amigas Ciomara e Raquel. Na porta do Bar , ao centro Nice Siqueira, esposa do Bigode, e suas irmãs (cunhadas do Bigode) Maria Cecília e Vera Lúcia.
   Entre os fregueses que iam degustar as pizzas do Bar do Bigode, estava seu Eduardo Monte Oliva, dono do ferro velho  que ficava na rua ao lado (aqui uma passagem interessante sobre o ferro velho : um dos nossos colegas de escola morava na Rua do Estádio Telmo de Almeida, o quintal de sua casa fazia fundos com o fundo do ferro velho...pois bem, a turma da escola ia na casa desse fulano, pegava umas garrafas que ficavam  armazenadas nos fundos do estabelecimento e iam vendê-las, ao próprio ferro velho...). Também andavam ali pelo bar, os irmãos Belo, Odair  e Zé Pivatto. Dos três, tínhamos mais amizade com o Odair, era mais falante e engraçado. Nessa época, o Zé Pivatto era ainda estudante universitário e o Belo passava pelo nosso estabelecimento toda manhã religiosamente, somente para ler os jornais que meu pai assinava. Sempre que encontro com o Zé Pivatto aqui em Brasília ou em São Paulo-SP, costumo relembrar com ele as histórias desse tempo. Meu pai também era muito amigo do seu Jair Kuhne, dono da padaria na Rua Campinas,  casado com Dona Isabel, que era muito gente boa e amiga de minha mãe. Outro grande amigo do “Bigode” era o Toninho Baiano, que até pouco tempo atrás mantinha um ferro velho por aí. Nessa época eu já era fanático por futebol, ia todo domingo ao campo do Cosmopolitano, o estádio Telmo de Almeida que ficava duas ruas acima de casa, adorava assistir os grandes jogos desse esquadrão alviverde, que na época rivalizava com o "Botafoguinho",  com o time da Usina Ester, (este, ainda não era o Funilense que viria a disputar a terceira divisão do futebol paulista), e com o Vila Nova. Assim me tornei torcedor do Cosmopolitano, e de seus excretes (tradicionalmente os times se apresentavam com dois quadros , o primeiro time e o segundo, uma espécie de aspirante), me lembro bem do goleiro Válber, cuja família era proprietária do único cinema da cidade, do centro avante Ailton, goleador  nato, do lateral direito Pantera... Exemplos que poderiam  ter  trilhado carreira no futebol profissional sem fazer vergonha. No segundo quadro, havia o Claudinho,  meia esquerda habilidoso,  que trabalhava na farmácia do Átila, farmácia aliás, fundamental para minha recuperação quando tive hepatite...O Durvino, outro funcionário do seu Átila, ia em casa todo dia (durante um mês !) me tascar uma injeção.

   Ainda entre os clientes do Bar do Bigode, havia uma turma de caminhoneiros, pessoal que puxava cana para a Usina Ester, gente humilde,  com grande sabedoria popular. Me lembro do Jair Bertolo,  Anézio Guidolin, Alcindo Galinari, Cuíca, o  Marcílio, tratorista aposentado da Usina Ester,  Paletó, um negão gente boa e que vivia fazendo bicos para o meu pai, Capatinho, filho caçula do vereador João Carlos Capatto, com quem fiz minha primeira “entrevista jornalística” , aos 12 anos, como trabalho de escola. Entre a turma da Replan que frequentava o bar, muitos inclusive vindos do nordeste e fixando residência em Cosmópolis, tinha o Paraíba, o Salatiel, cuja filha, Edna (já citada)  era a melhor aluna da minha sala de aula no Rodrigo Otávio. Aos domingos as atrações do Bar do Bigode eram as memoráveis rifas de Curimbatá, Pintado e outros peixes, que garantiam o almoço da freguesia sortuda.

 Agradeço ao meu pai, por ter me dado à oportunidade de já com 12 anos de idade, poder trabalhar, dar valor ao ganho do pão. Hoje, ao saber do encerramento das atividades do Bar do Tabajara, que eu e meu irmão frequentávamos todos os domingos á noite, após a sessão de cinema  no "Cine Teatro Avenida", lembro quando íamos fazer um lanche e assistir os gols da rodada, relembro o quanto se aprende de psicologia de vida, com os vários tipos que conhecemos no balcão de um  buteco.
José Carlos Nunes de Siqueira, conhecido em Cosmópolis-SP, como "Bigode" 

    Seguindo o roteiro etílico da Cosmópolis daquela época, tínhamos o "Bar do Bambú", amaldiçoado pela “sociedade cosmopolense” cujos donos eram o casal Tião e Dita, ficava próximo a Rua Campos Sales, rua da delegacia e da prefeitura, e onde fixamos nosso terceiro e último endereço residencial. Nossa casa era bem em frente à delegacia e por conta da proximidade, tínhamos muita amizade com o Soldado  Joel, e um outro que se não me engano era apelidado de Alemão. Essa nossa casa também ficava perto da Igreja Matriz, me lembro que nesta época, mandaram para Cosmópolis um “aspirante a padre”, para substituir o Monsenhor Rigotte que já era octogenário...Pois, esse sujeito fez sucesso entre as "moçoilas igrejeiras" ... Sumiu da cidade, coincidentemente quando eclodiu um boato de que  uma de suas “ovelhas” havia engravidado.
Outra curiosidade desta minha Cosmópolis é a figura do Aldânio, que fazia o papel de rádio da cidade. Quem já passou dos quarenta anos sabe que não havia rádio em Cosmópolis nos idos de setenta e poucos, mas havia o Aldânio, locutor autodidata, que com sua Kombi caindo aos pedaços e munida de um equipamento de som  bem  humilde, ia para a praça central ás sextas, sábados e domingos, tocar os hits da época e ganhar um troco, fazendo propaganda das casas comerciais que o contratavam. Pois bem, eu e meu irmão éramos nomeados pelo velho Bigode, para em nosso passeio noturno pela praça, conferir quantas vezes o Aldânio havia executado a propaganda do Bar e pizzaria do Bigode, por ele contratada. Algumas figuras folclóricas habitavam o dia a dia da cidade, havia um andante (não gosto do termo mendigo, moradores de rua, na maioria das vezes carregam histórias de vida surpreendentes) chamado Argemiro. Nunca vou me esquecer de como ele agia... O Argemiro não pedia nada, ele só olhava para as pessoas, com  um olhar muito singelo, mas não  pedia , nunca! Olhava, e olhava, e conquistava a generosidade de quem queria ser generoso com ele, só com o olhar. Dizia a lenda, que ele se transformara num andante e alcoólatra porque teria incorporado uma entidade espírita que não deixou mais seu corpo. Lenda é lenda...

  O velho Bigode também era conhecido em Cosmópolis pelos seus Aero Willys. Enquanto moramos por aí, ele teve três, um cinza, um amarelo com  teto de vinil preto e um azul, este último, especialmente  lindo, e dele mais um episódio curioso. No dia em que ele vendeu o Aero Willys azul, o comprador do carro, cometeu um  homicídio, e se evadiu com o carro. Qual o boato na cidade?  Adivinhem,  quem  matou foi o dono do Aero Willys azul, e pouca gente sabia que o carro já não era do meu pai. 

Ana Cláudia (filha caçula do Bigode), eu,Rogério Siqueira (filho do meio), Sérgio Siqueira (filho mais velho) e Dona Nice Siqueira (esposa). 
   São aventuras e desventuras, dessa Cosmópolis que ajudou a me formar como pessoa, como cidadão, e para a qual só tenho agradecimentos. Enfim, são muitos causos eternizados em minha memória, desse tempo em que aprendi a ser caipira, e disso muito me orgulho!

Rogério Siqueira              
Brasília, 17 de março de 2012


   Rogério Siqueira é jornalista, hoje tem 46 anos e atualmente mora em Brasília-DF. Morou em Cosmópolis entre 1975 à 1980. Apesar da distância e dos contratempos  da vida que o impedem de voltar a cidade, Rogério tem Cosmópolis na sua história, e muitas de suas melhores lembranças da infância vividas aqui. Muito obrigado pela viajem no tempo através de suas memórias, que tenho certeza também fazem parte da memória de muitos que leram a sua história. Uma Cosmópolis hoje desconhecida por muitos, uma Cosmópolis que faz muitos terem orgulho de te-la como parte de sua história de vida.


sexta-feira, 16 de março de 2012

Memória Comercial

Texto Adriano da Rocha
Foto Acervo Paulo Enke  

  1968...Caninha Salto Grande.Tradicional água ardente engarrafada em Cosmópolis pela "Scorsoni" e famosa nos bares de toda a região nas décadas de 50,60 e 70. A Salto Grande começou a ser engarrafada pela "Bebidas Scorsoni" de 1956 até o final da década de 70, era famosa não apenas pela qualidade mais também pelo preço que agradava e muito o bolso dos "pingueiros".


terça-feira, 13 de março de 2012

LUTO

Texto Adriano da Rocha
Orlando Kiosia na entrada da vicinal que leva seu nome a CMS 20 (Cosmópolis/Holambra)...foto acervo família Kiosia

  Faleceu nesta segunda-feira dia 12/03 em Cosmópolis aos 83 anos, o ex-prefeito municipal Orlando Kiosia. O ex-prefeito estava internado  a uma semana no Hospital beneficente Santa Gertrudes, onde veio a falecer na tarde de segunda-feira vítima de leucemia. Seu corpo foi velado no velório municipal a pedido da família ,e nesta tarde de terça-feira, às 16h00, foi sepultado no cemitério de Cosmópolis acompanhado por autoridades, amigos e familiares que lhe prestaram a última homenagem. A pedido do ex-prefeito em vida a família, Kiosia não queria ser velado na Câmara municipal, e dizia sempre: "Com muito orgulho fui prefeito de Cosmópolis, e com muito or
gulho digo fui honesto na prefeitura como era na minha vida, e a câmara não é nos dias de hoje um bom lugar para uma pessoa honesta ser velada". O ex-prefeito recebeu em vida em 2011, do prefeito Antônio Fernandes Neto, a homenagem de seu nome a uma das principais vicinais da cidade, a Cosmópolis/Holambra (Saída cemitério), uma honrosa homenagem a um dos prefeitos mais lembrados por muitos cosmopolenses. Orlando Kiosia foi prefeito em Cosmópolis na administração de 1973/1976, e também vereador por três mandatos, a mais de 40 anos estava afastado da política, porém sempre opinando sobre tudo que acontecia na cidade. Como empresário Kiosia, foi um grande empreendedor em Cosmópolis, foi proprietário do primeiro grande auto-posto de combustíveis da cidade e um dos maiores da região, no local funcionavam o serviço de abastecimento de combustíveis, concessionária, restaurante, loja de auto peças, borracharia, e a rodoviária de Cosmópolis até a década de 80.     
1974...Auto posto Kiosia, no destaque a esquerda o Bar restaurante e churrascaria Gaucha, e a loja de uto peças ao lado.
   Seu trabalho a frente da prefeitura é sempre lembrado por muitos cosmopolenses pela sua honestidade como administrador e suas conquistas para cidade de Cosmópolis, como a instalação  no município de empresas como a  Sintebras ( atual Globbe Química), Elanco (ABL); na sua administração Cosmópolis foi a primeira cidade da região depois de Campinas a ter telefones automáticos, ou seja sem o auxilio de telefonistas.Em parceria com  a Usina Ester, em sua gestão como prefeito foi criado a E.T.A (Estação de tratamento de água), nas margens  da represa do Rio Pirapitingui, a criação dessa estação beneficiou toda a cidade de Cosmópolis e não apenas a Usina como era antigamente. Na administração de Orlando Kiosia que a Escola do Comércio (Antiga Rodrigo e Moacir do Amaral), foi totalmente ampliada e reformada, criando-se novas salas de aulas e mudando totalmente a antiga construção do inicio do século passado, que ainda possuía toda sua construção original de época. O ex-prefeito também é lembrado por ser responsável pela demolição da antiga "Estação de trens da Sorocaba" (Funilense) inaugurada na antiga vila em 1896, no local da estação existia um projeto na época para a construção de uma nova rodoviária, caminhões e caminhões de terra saíram do terreno, mais por um impasse politico na época o projeto só ficou no papel. Carinhosamente apelidado de "Russinho" pelos amigos, Kiosia foi um visionário, um grande empreendedor e sem duvida nenhuma um eterno apaixonado por Cosmópolis  


A nossa saudade e os mais sinceros sentimentos a toda família Kiosia.
Orlando Kiosia
11/06/1928 + 12/03/2012 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Corsos,cordões,folias,blocos.... Carnavais cosmopolenses

Os primeiros carnavais
Texto Adriano da Rocha
    Nesta postagem uma seleção de fotos e textos publicados em nosso  perfil no Facebook durante a semana de carnaval.Textos e fotos que  relembram  os famosos carnavais cosmopolenses das primeiras décadas do século passado, festas populares que destacavam a cidade de Cosmópolis e a antiga vila de Campinas em jornais de todo o estado de São Paulo, sendo um dos carnavais mais originais e populares da região média Paulista. O carnaval em Cosmópolis se dividia em regiões as comemorações e concentrações dos foliões, cada local tinha a sua tipica e tradicional comemoração .As regiões eram: Usina Ester, com corsos e cordões animados por centenas de integrantes e na sua maioria com pequenas bandas musicais; Cosmopolitano, com bailes sociais a caráter no salão do clube, onde eram feitas as famosas guerras de confete e as disputas de fantasias entre blocos; Salão de festas da Escola Alemã, bailes ao som de marchinhas e sempre animados pelo coral de canto Campo Salles; Vila Nova ou Vila Mariana como era chamado o bairro até a década de 50, a folia tradicional  do bairro era a  famosa "Vaca" ou "Boi", costume tipico Paulista que em Cosmópolis teve inicio no bairro Nova Campinas nas festas Paulistas de descendentes dos pioneiros Bandeirantes que chegaram no bairro no final do século 17. Nos últimos dias da festa os foliões de todas os grupos e bairros se reuniam na sua maioria na Avenida Ester onde eram feitos os desfiles carnavalescos típicos do interior, onde ricos e pobres se misturavam em uma grande festa popular, os cordões como eram chamados iniciavam o percurso próximo a extinta estação de trens da Sorocabana que ficava na atual "Praça do Relógio do Sol na rua João Aranha".

Abaixo textos e fotos publicadas no Acervo Cosmopolense .
1914...Foto Acervo Adriano da Rocha
   1914...Corso  carnavalesco na Avenida Ester próximo a Rua João Aranha.Foto totalmente destruída pelo tempo e depois de um mês de trabalho foi resgatada digitalmente.Corsos de carnaval eram chamados as carruagens ou no caso de Cosmópolis no inicio do século passado, eram troles e charretes enfeitados com flores e arranjos que traziam os foliões pelas ruas e a rua central e anos depois na década de 20 oficialmente  Avenida Ester (Até a década de 20  a Avenida Ester era conhecida como Rua do Engenho Central), com o tempo surgiram os corsos em carros abertos e caminhões aonde os foliões em cima das conduções jogavam flores,confetes e lança perfume durante o percurso.Os corsos antigos eram uma brincadeira mais elitizada nas cidades, não eram todos que tinham condição de enfeitar um carro ou até mesmo de ter um carro naquela época.Essa tradição foi trazida em Cosmópolis por emigrantes e imigrantes que chegavam a então vila pertencente a Campinas através da estrada de ferro da Cia Sorocabana.Os corsos em Cosmópolis iniciavam o percurso na Avenida Ester nas proximidades da estação de trem (atual praça do relógio do sol) e estendiam-se seu percurso até a Rua Santa Gertrudes.Isso até a década de 30, com o passar dos anos e o crescimento da vila que em 1944 se tornava cidade, os corsos terminavam na porteira da Usina Ester (Rua Max Herget ,que ficava na Avenida Ester ao lado do "Cine theatro Avenida").


1941...\foliões do cordão carnavalesco Flor da Mocidade.Foto acervo Usina Ester
  1941...Grupo Flor da Mocidade, criado em 1926 na Usina Ester, foto tirada próximo a antiga estação de trem que existia dentro da Usina. O grupo "Flor da Mocidade" chegou a ter mais de 150 integrantes na sua maioria crianças e adolescentes das colônias da Usina Ester, os mais velhos do grupo eram os músicos que acompanhavam o "cordão", cerca de 20 instrumentistas que seguiam na frente do bloco animando os foliões com músicas de autoria do grupo e sucessos da época como "Seu João Nogueira" sucesso gravado por  Raul Torres e Aurora Miranda (irmã da Carmem Miranda), música essa que chegou até a ser proibida de se cantar na Usina por ordem direta dos donos da Usina Ester, a família Nogueira considerava a música imprópria, mas a verdade é que a embolada era uma critica feita pelo consagrado cantor Raul Torres e João Pacifico (nascido em Cordeirópolis-SP) a um João Nogueira que era parente próximo dos Usineiros.



"Seu João Nogueira..
O que é sinhá Mariquinha.
Eu vou sorta meu galo.
Pra prende sua galinha"



   1967... Salão de festas do Cosmopolitano Futebol Clube na Rua Baronesa Geraldo de Rezende esquina com a Rua Antônio Carlos Nogueira, atualmente Hotel Pousa Lá.Quem tem seus mais de 30 anos vai ter boas lembranças deste salão, que desde a década de 20 era a sede do Cosmopolitano Futebol Clube. As matinês e bailes de carnaval eram realizados neste salão, ao som das marchinhas cantadas por músicos da cidade como "Rage e seu conjunto" nas décadas de 50 e 60, e "Cosmo Jazz band" e "Amantes do Luar" nas décadas de 20 e 30, entre tantas outras bandinhas e "Crooners" da época. O carnaval no salão do Clube Cosmopolitano era muito conhecido na região e apelidado como "Baile do Verde e Branco”, que é a cor símbolo do Cosmopolitanofuncionários da Petrobras e anos mais tarde hotel, e nos dias de hoje novamente hospedaria para turmas de empreiteiras que prestam serviços nas refinarias de Paulínia. Os bailes de carnaval do Cosmopolitano eram mais elitizados, e com várias normas a serem seguidas pelos frequentadores, tudo para impor o respeito e a ordem entre os foliões que naqueles tempos tinham várias opções de bailes em Cosmópolis como na Usina Ester, Escola Alemã , Vila Nova e Cooperativa.Os bailes de carnaval em Cosmópolis eram conhecidos entre os melhores do estado de São Paulo, e durante muitos anos eram destaque em jornais da região e da capital como o melhor carnaval de São Paulo pela diversidade de blocos, cordões e alas na cidade.Bem infelizmente de tudo isso apenas nos restam fotos e muitas lembranças destes carnavais que ficaram nas memórias de todos nós.
1916...Folia da Vaca ou do boizinho como era chamado.Acervo Adriano da Rocha



     1916...Folia da vaca no Carnaval de Cosmópolis.Uma legítima tradição Paulista criada nos tempos dos Bandeirantes, e levada nos desbravamentos Paulistas por todo território brasileiro, brincadeira chamada em alguns estados como bumba meu boi, vacaria e pavulagem. Em Cosmópolis essa tradicional brincadeira existia desde os tempos da passagem do Anhanguera novo (Filho do Anhanguera o famoso Diabo Velho), em relatos de antigos moradores dos Bairros do Nova Campinas (antigo Pinheirinho) pode se dizer que a folia existe em Cosmópolis a mais de 200 anos. A adaptação da folia da Vaca para o Carnaval foi feita pelos imigrantes Italianos quando chegaram no Brasil, ao contrário dos imigrantes, os Paulistas não celebravam o Carnaval com festas, a quaresma eram tempos de vigília e respeito total ao santíssimo. A foto acima foi tirada na Rua Alexandrina (Atual Rua Campos Salles), ao fundo a antiga igreja Santa Gertrudes. 
1939...Bloco da Vaca, foto tirada na praça da estação (hoje praça Major Artur Nogueira)..foto Acervo Cosmopolense
  1939...Um dos vários Blocos da Vaca de Cosmópolis.Esse bloco da foto acima era formado por foliões da Usina Ester e da Vila de Cosmópolis, foto enviada a nosso Acervo por um dos pioneiros da folia da vaca em Cosmópolis, o senhor Arlindo Batista (falecido em 1996). Seu Arlindo participou desse grupo de amigos desde 1928, onde seu pai junto com funcionários da Usina Ester começou a brincadeira segundo ele em 1918. A foto infelizmente não tem a identificação dos participantes dessa tradicional folia Paulista, mais uma das Vacas era o senhor Arlindo Batista quem comandava, e por ele era apelidada de "Esmeralda". Caso você conheça alguém desta foto ou você esteja entre os amigos faça a marcação e nos ajude a preservar esse saudoso passado de nossa história.
 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Me faz lembrar Cosmópolis...

Famosa "arvrinha" da represa do Pirapitingui...por Marcio Alex Ribeiro

Arara Alice a mascote de Cosmópolis...

Arara Alice por  Eneias Barrionuevo.
    A cerca de 5 anos a arara apelidada de Alice por frequentadores da Praça do Rodrigo apareceu em Cosmópolis, e desde então vem sendo a alegria de todos na cidade e considerada por muitos como um cartão postal de Cosmópolis na região. Ela vive solta, voando pela Praça do Rodrigo e demais praças da região como o Largo da matriz de Santa Gertrudes e a Praça do Amor próximo ao Hospital beneficente Santa Gertrudes, sempre amigável adora carinho na cabeça e frutas que sempre recebe de seus vários fãs da cidade e da região que nos finais de semana  procuram a famosa Arara Alice para tirar fotos e conhece-la pessoalmente, facilmente encontrada usando os bancos, jardineiras e árvores das praças como "puleiro" de descanso depois de fazer suas exibições voando pelas imediações. Nos anos de 2010 e 2011,  Alice foi destaque  em calendários distribuídos pela prefeitura municipal e também sua foto serviu de fundo nas capas dos carnes de impostos da  prefeitura como IPTU e licenças de funcionamento. A origem da Arara Alice é incerta de como chegou em Cosmópolis, já que ela é um animal silvestre hoje somente encontrado em poucas reservadas de matas pelo Brasil, populares dizem que pertenceu a uma moradora do bairro Bela Vista que a criava nos fundos da casa, e depois de um tempo sem cortarem as pontas das penas das asas (costume praticado por criadores de pássaros silvestres para não fugirem ) ela fugiu e não voltou mais, encontrando abrigo e morada nas árvores da Praça do Rodrigo, onde recebe carinho e alimentação dos frequentadores e moradores próximos da praça. 

Abaixo alguns videos da Arara Alice no Youtube filmados por moradores de Cosmópolis e região.



   arara AliceAlice arara é mais que um cartão postal de Cosmópolis, é a prova que com respeito seres humanos e animais podem viver pacificamente em qualquer lugar.Alice  a famosa mascote de Cosmópolis com seu jeito doce e amigável se tornou simbolo do povo cosmopolense, um povo amigo que recebe todos com carinho e amor, um povo que representa com muitas glórias  a tradução do  nome de sua cidade Cosmópolis: "O universo em cidade". 

Texto: Adriano da Rocha
Foto: Eneas Barrionuevo
Videos: Youtube com a tag Arara Alice